Memória RAM

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Introdução

Os computadores normalmente têm dois tipos de memória: a RAM (volátil) e dispositivos de armazenamento (não volátil). Memória RAM (Random Access Memory ou Memória de Acesso Aleatório) é um tipo de memória do computador que é responsável pela leitura e escrita dos dados que são usados com frequência pelos programas. Quando um aplicativo necessita de dados que estão armazenados na RAM, o processador dá a ordem de qual endereço deve ser lido ou gravado. Para uma melhor compreensão do funcionamento da memória RAM, vamos fazer uma analogia com uma mesa de estudos utilizada para a realização dos deveres escolares.

Na mesa podem ser colocados os seguintes materiais: caneta, lápis, livros e caderno. Esses materiais seriam os arquivos. A mesa, por sua vez, seria a memória RAM, onde todos os materiais são reunidos para a realização das atividades. Desta forma, a RAM pode ser entendida como um espaço de trabalho temporário, pois após a realização da tarefa, os arquivos (os materiais de estudos) são retirados da memória (mesa) e mantidos no HD (armário). Por isso, quando maior a área da mesa, maior é a quantidade de materiais (por exemplo, livros) que podem ser colocado sobre ela e mais rápido o trabalho é concluído, pois o estudante não necessita sempre levantar-se para pegar os livros que estão no armário (MONTEIRO, 2015).

A memória RAM é um chip semelhante a um processador, composto por transistores e capacitores. Ela é um componente essencial para que o computador funcione, pois é o braço direito do processador. Normalmente a RAM é vendida em “módulos” ou “pentes”.

Cada módulo de memória é classificado conforme os seguintes aspectos: Capacidade Tecnologia Velocidade Latência Tensão de alimentação

Capacidade

A capacidade da memória é medida atualmente em Gigabytes (GB). Para habilitar a tecnologia chamada de “dual channel” ou “dois canais”, na maioria das vezes, é necessário instalar módulos pares de memória. Essa característica dá a possibilidade do processador se comunicar com duas vias de memória ao mesmo tempo. Isso permite, em teoria, que a capacidade máxima transferência da memória seja dobrada. Por isso, se o propósito é ter 8GB de memória, deverá ser instalados dois módulos ou pentes de 4 GB ou 4 módulos de 2 GB. E assim por diante. Ao instalar um número ímpar de pentes de memória, o computador não obterá o desempenho máximo que ele é capaz de fornecer. Por exemplo, não é recomendado instalar um único pente de memória de 8 GB. Além disso, todos os módulos precisam ser idênticos, não sendo possível instalar 2 pentes de 2GB e um de 4 GB para compor um total de 8 GB de memória. Vale destacar que a quantidade máxima de pentes de memória a serem instalados vai depender da quantidade de slots disponíveis na placa-mãe. Placa-mãe com soquete LGA1366 suportam a tecnologia de canal triplo (“triple channel”). Neste caso para obter maior desempenho é necessário instalar módulos de memória em múltiplos de três. Importante notar que placas com este tipo de soquete, terá quatro slots em vez de seis, como seria o ideal (TORRES, 2015). Neste caso, para obter maior desempenho, deverá ser instalado os módulos em 3 slots deixando o quarto sem uso. Caso seja instalado dois módulos de memória, eles trabalharão em modo de “dual channel”. Já nas placas-mãe e processadores com soquete LGA2011, suportam a tecnologia de canal quádruplo (“quad channel”). Para esta placa deverá ser instalado módulos múltiplos de quatro. Por exemplo, um computador de 16 GB de memória total deverá ser instalado 4 pentes de 4 GB e assim sucessivamente. Placas com esta característica, caso seja instalado apenas dois módulos ou três módulos de memória, eles trabalharão em modo de dois ou três canais, respectivamente. Quanto de memória um computador deverá ter? Quanto mais, melhor, mas vai depender do orçamento, pois os pentes de memória costumam ter um custo elevado. Por isso é importante observar para que o computador será utilizado. Usar a internet, digitação de texto e planilhas eletrônicas exige menos memória. Já um computador voltado para jogos e uso profissional como edição de vídeo e imagens deverá ser instalado o máximo de memória possível. Caso o computador tenha mais de 4GB de memória instalada, deverá ser instalado um sistema operacional de 64 bits, pois conseguirá enxergar toda a memória instalada.

Tecnologia

Ao longo dos anos, diversos padrões de memória foram criados, desde a EDO (Extended Data Out), passando pela SDR (Single Data Rate), até chegar nas atuais DDR (Double Data Rate ou Taxa Dupla de Transferência). Hoje, já estamos na quinta versão da DDR, o que comprova que esse tipo de memória deu muito certo. Uma memória DDR é do tipo SDRAM (Synchronous Dynamics Random Access Memory), ou seja essa é uma memória RAM que realiza a leitura e escrita de dados de forma síncrona e dinâmica (JORDÃO, 2014). Isto significa que elas utilizam um sinal de clock para sincronizar suas transferências. Portanto, as memórias DDR conseguem obter o dobro do desempenho de memórias sem este recurso trabalhando com o mesmo clock. Com a evolução dos processadores, os fabricantes tiveram que criar memórias que suportasse a demanda exigida por estes componentes. Surgiram a DDR2, DDR3, DDR4 e recentemente a DDR5.

DDR2

DDR2 (Double Data Rate 2) é uma evolução da DDR, trazendo um menor consumo de energia e maior velocidade. Um módulo do tipo DDR2 tem capacidade de realizar duas operações por clock. O que faz com que automaticamente ela seja mais rápida que a sua antecessora. Isso por que a DDR2 transmite quatro dados por ciclo de clock, o que permite, na teoria, que a velocidade de transmissão dobre, se comparado a DDR, mesmo que ambos tipos trabalhem na mesma frequência de MegaHertz, por exemplo, uma memória DDR-400 funciona em 200MHz, porém oferece 400MHz por trabalhar com dois ciclos (2 x 200), já uma memória DDR2 apesar de trabalhar na mesma frequência de 200MHz, ela oferece 800 MHz por trabalhar com quatro operações a cada ciclo (2 x 200). E assim se discorre em relação às memórias DDR-800 e DDR2-800, a segunda versão irá oferecer uma frequência de comunicação externa maior. As DDR2 também trouxeram melhorias no gerenciamento de energia, com o ODT (Terminação Resistiva) já presente no próprio chip, evitando interferências eletromagnéticas e consumo elevado de energia, acaba melhor desempenho, inclusive no controle e temperatura.

PARTE FÍSICA

A DDR também contava com 184 pinos enquanto a DDR2 vem com 240 pinos. E conta com uma abertura diferente entre os contatos da sua antecessora:

DDR3

As memórias DDR3 dobram a quantidade de operações por vez em relação ao padrão anterior, ou seja, realiza 8 procedimentos de leitura ou gravação a cada ciclo de clock, quatro no início deste e outros quatro no final. Existe a DDR3 e a DDRL3 e a diferença entre elas é que a DDR3L é um padrão de memória com menor tensão, para economizar energia nos notebooks e a DDR3 é voltada para desktops. A DDR3 é basicamente o formato como pode ser visto nas imagens. Aquele espaço na DDR3 é mais para a esquerda enquanto na DDR2 é mais centralizado, existem outras diferenças como velocidade, economia de energia, etc

Considerando que em um módulo DDR2-1066 as células de memória operam nada menos que 266 MHz (uma evolução expressiva em relação aos módulos PC-100 e PC-133 do começo do milênio, onde as células operavam a apenas 100 ou 1333 MHz), não é de se estranhar que os fabricantes tenham enfrentado dificuldades a partir daí. A solução veio com as memórias DDR3, que mais uma vez duplicaram a frequência efetiva dos módulos, realizando agora 8 transferências por ciclo de clock, contra as 4 transferências do DDR2. A grande sacada é que o aumento na frequência é obtida através do acesso simultâneo e a endereços adjacentes e não através do aumento da frequência real das células de memória, o que permitiu estender o uso das células de 133 e 266 MHz por mais uma geração. Em um módulo DDR3-1066, por exemplo, as células de memória operam a apenas 133 MHz, com os buffers de dados operando a 266 MHz. Em módulos DDR3 com células operando a 266MHz, a frequência efetiva é de impressionantes 2133 MHz e com maturação da tecnologia parece ser apenas questão de tempo até que tenhamos módulos ainda mais rápidos no mercado.


Os módulos DDR3 foram lançados em versão DDR3-1066 (133MHz x 8) e DDR3-1333 (166MHz x 8), seguidos pelo padrão DDR3-1600 (200 MHz x 8). Os três padrões são também chamados de PC3-8500, PC3-10667 e PC3-12800, assim dando ênfase à taxa de transferência teórica:

DDR3-1006 (133 MHz) PC3-8500 DDR3-1333 (166 MHz) PC3-10667 DDR3-1666 (200 MHz) PC3-12800

Apesar do aumento no número de transferência por ciclo, os buffers de dados continuam trabalhando a apenas o dobro da frequência das células de memória. Ou seja, a frequência interna (das células de memória) de um módulo DDR3-1600 é de 200 MHz e a frequência externa (dos buffers de dados) é de 400 MHz. As células de memória realizam 8 transferências por ciclo de clock ( em vez de 4 como nas DDR2) e os buffers de dados (que operam ao dobro da frequência)realizam 4 transferências por ciclo de clock, em vez de apenas duas, como nos módulos DDR2. Se as mudanças parassem por aí, os módulos DDR3 não iriam oferecer muitos ganhos na prática, pois o tempo de latência inicial continuaria sendo o mesmo do módulo DDR2 e não haveria mudança na frequência das células de memória. Se um módulo DDR3 operasse com tempos de acesso 10-10-10-30, os ganhos seriam pequenos em relação a um DDR2 5-5-5-15, já que só haveria ganhos nos acessos subsequentes. Para evitar isso, os módulos DDR3 incluem um sistema integrado de calibrarem do sinal, que melhora de forma considerável e a estabilidade dos sinais, possibilitando o uso de tempos de latência mais baixos, sem que estabilidade seja comprometida. Os módulos DDR3 utilizam também 8 bancos em vez de 4, o que ajuda a reduzir o tempo de latência em módulos de grande capacidade. Eles também trouxeram uma nova redução na tensão usada, que caiu para apenas 1,5V, ao invés dos 1.8V usados na memória DDR2. A redução na tensão faz com que o consumo elétrico dos módulos caia proporcionalmente, o que os torna mais atrativos para os fabricantes de notebooks. Somadas todas essas melhorias, os tempos de acesso “reais” dos m´dulos foram sensivelmente reduzidos. Em vez de trabalharem com tempos de acesso 10-10-10-30, a geração inicial de módulos DDR3 é capaz de trabalhar com temporização 9-9-9-24, ou mesmo 7-7-7-15. O primeiro chipset a incluir suporte às memórias DDR3 foi o Intel P35, lançado em 2007. Em vez em cometer o mesmo erro que cometeu ao lançar o Pentium 4, quando tentou forçar o uso das memórias Rambus, a Intel adotou uma postura conservadora, equipando o P35 com suporte simultâneo a memórias DDR3 e DDR2 e deixando com que os fabricantes de placas escolhessem qual das duas tecnologias utilizar. Como era de se imaginar, todas as placas mainstream e de baixo custo passaram a suportar exclusivamente memórias DDR2 (que eram muito mais baratas), com as memórias DDR3 ficando relegadas ao mercado de alto desempenho. Isso continuou ao longo de 2008 e 2009, com a mesma fórmula sendo repetida no chipset P45 e nos lançamentos subsequentes. Isso fez com que a procura pelos módulos DDR3 continuasse fraca e os preços se mantivessem altos. Para complicar, os primeiros módulos DDR3 não ofereciam um ganho de desempenho tangível em relação aos DDR2 na plataforma soquete 775. Embora a frequência efetiva fosse mais baixa, os módulos DDR2 trabalhavam com tempos de acesso mais baixos, o que fazia com que a competição fosse acirrada, com os DDR2 se saindo melhor em muitas situações. Isso levou os fabricantes de memória a apostarem na produção de módulos de alto desempenho, em uma corrida armamentista que deu origem a módulos overclocks, capazes de trabalhar a 2000 MHz ou mais (frequência efetiva), mas que em compensação utilizavam tensões de até 2.0V, muito acima dos 1.5V recomendados. Embora vendidos em pequenas quantidades, estes módulos lideravam os benchmarks e por isso recebiam uma atenção desproporcional.Um bom exemplo dessa época insana são estes módulos DDR3-2000 (9-9-9-24) da G.Skill, que utilizam tensão de 1.9V e são equipados com um cooler ativo (ligado ao módulo através de um heat-pipe) para manter a temperatura de operação em níveis aceitáveis:


Eles não eram apenas caros (o kit com dois módulos de 2 GB custava nada menos que US$ 300 na época de lançamento), mas a tensão fazia com que a vida útil fosse reduzida, com muitos módulos apresentando defeitos prematuros depois de alguns meses de uso, um problema que atingiu também módulos de outros fabricantes.A Intel resolveu colocar ordem no galinheiro com o lançamento do Core i7, limitando o suporte oficial aos módulos DDR3-1066 e DDR3-1333 e advertindo que o uso de tensões superiores a 1.65 poderia danificar o controlador de memória integrado ao processador.Isso obrigou os fabricantes a se concentrarem na fabricação de módulos de baixa frequência e baixa latência, em vez de continuarem a investir no simples aumento das frequências. Outra mudança positiva foi que os módulos voltaram a utilizar tensões "normais", variando de 1.5V nos módulos value, a 1.65V nos módulos de alto desempenho, dentro dos valores recomendados pela Intel para uso em conjunto com o i7. A AMD adotou uma postura similar à da Intel durante a fase de transição, lançando a plataforma AM3 (com o uso de memórias DDR3) porém equipando os processadores Phenom II com controladores híbridos, com suporte simultâneo a memórias DDR2 e DDR3. Isso permitiu que os processadores continuassem compatíveis com as placas AM2+, permitindo que você decidisse entre usar memórias DDR2 ou DDR3 ao escolher a placa-mãe.As memórias DDR2 demoraram quase 3 anos para se popularizarem desde a introdução do chipset i915P, em 2004, ultrapassando as vendas das memórias DDR antigas apenas a partir de 2007. Apesar das diferenças na implementação, as memórias DDR3 acabaram seguindo um caminho similar, com os módulos inicialmente custando muito mais caro e caindo a um nível próximo dos preços dos módulos DDR2 apenas a partir do início de 2010, novamente quase três anos depois do lançamento das primeiras placas e chipsets.

DDR4

As memórias DDR4 possuem características superiores ao modelo anterior. Ganhos que, mesmo não oferecendo um grande avanço para o uso básico, se destacam a medida que a DDR3 atinge os seus limites. Assim, a DDR4 é uma opção mais interessante para quem deseja uma máquina capaz de rodar programas e jogos mais pesados, preparada para futuros upgrades.

Visualmente, os modelos DDR3 e DDR4 apresentam pequenas diferenças. Como a quantidade de pinos de contato e a posição de encaixe. Outro detalhe é que a DDR4 é ligeiramente mais espessa e possui uma leve curva na borda inferior. Em termos técnicos, os módulos de DDR4 são mais eficientes no quesito energia, utilizando 1,2 volts, enquanto a DDR3 usa 1,5 volts na alimentação. Essa pequena diferença pode gerar uma economia de até 40% no consumo de energia, o que ajuda a prolongar a vida da bateria para os notebooks, por exemplo. Em contrapartida, temos um aumento da latência das memórias DDR4, que é o atraso para a memória iniciar uma leitura. A taxa aumenta conforme a frequência de operação. Nas especificações de uma memória é possível ver esse dado, geralmente indicado como CL10 ou CL11 nas DDR3 e CL14 ou CL15 nas DDR4. Quanto menor o CL, menor é o atraso na leitura. A taxa de latência é responsável pela pouca diferença de desempenho entre os padrões em comparativos. Por exemplo, dois computadores com configuração de hardware similar, com 8 GB de memória, sendo um DDR3 e o outro DDR4, terão desempenho parecidos. Afinal, apesar do DDR4 operar com uma freqüência maior, também tem uma latência maior.

Apesar de devagar, o que se deve muito ao alto custo inicial da tecnologia e ao bom desempenho da antecessora, a migração para o uso da DDR4 é uma tendência natural. Se você pretende adquirir um novo computador ou fazer um upgrade, PCs que utilizem DDR3 são opções com um custo mais baixo. Porém, com uma vida útil já limitada pela tecnologia, sendo bem provável que nos próximos dois anos ou menos, você tenha um equipamento com poucas ou nenhuma opção de melhoria caso opte por um. Já os que utilizam DDR4, são mais caros. Entretanto, são uma excelente opção para quem quer investir a longo prazo e ter um PC capaz de trabalhar em alta performance e possibilidades de upgrade durante os próximos anos. A configuração é ideal para gamers e usuários de programas pesados, como os de modelagem 3D e edição de vídeo. Além do baixo consumo, outras vantagens das memórias da nova geração são a capacidade e a frequência de operação. A DDR3 está disponível com capacidades de 512 MB até 8 GB. Já a DDR4, de 4 GB a 16 GB. Em relação a frequência, a DDR3 trabalha com uma taxa de 800 a 2.400 MHz, enquanto que a DDR4 opera com valores de 2.133 até 4.266 MHz. É uma grande diferença, que permite mais transferências em um mesmo intervalo de tempo.

DDR5

Atualmente o DDR5 ainda não foi lançado, a sua previsão de lançamento é ainda para esse ano (2018) ou para o próximo ano (2019). Promete além da performance, ter o dobro da densidade do DDR4, ou seja, armazenando duas vezes mais gigabytes em seus DIMMs do que a especificação atual. Tudo isso mantendo um consumo de energia mais eficiente, como é padrão em novas gerações.

Formato Físico

Os desktops utilizam módulos de memória no formato chamado de DIMM (Dual In-Line Memory Module). Já os computadores portáteis utilizam componentes de tamanho reduzido, utilizam módulos de memória chamados de SO-DIMM. O tipo de memória instalada nos módulos DDR é o SDRAM, mas o arranjo (posicionamento dos chips placa) funciona de acordo com o padrão DIMM. O termo DIMM é usado para designar que um determinado componente tem chips instalados dos dois lados do módulo e conseguem trabalhar com 64 bits. Já a versão mais antiga chamada de SIMM (Single In-line Memory Module), tinha chips em um único lado e operam com 32 bits de dados. Portanto, as memórias DIMM, em teoria, possuem o dobro do desempenho de sua antecessora.

Velocidade

As memórias são classificadas conforme a sua velocidade máxima. Segundo Torres (2016), existem dois tipos de classificação: a) DDRx-yyyy, em que “x” é a tecnologia (“2”, “3” ou “4”) e yyyy é o clock máximo que a memória DDR consegue alcançar. Este valor é medido em MegaHetz (MHz). Por exemplo, as memórias DDR3-1333 podem trabalhar até 1.333 MHz e as memórias DDR4-2133 podem trabalhar até 2.133 MHz. b) PCx-zzzz, onde “x” é novamente a geração da tecnologia (“2”, “3” ou “4”) e zzzz é a taxa máxima de transferência medida em megabytes por segundo (MB/s) – também conhecido como largura de banda (TORRES, 2015). Por exemplo, a taxa de transferência das memórias DDR3-1333 é de 10.664 MB/s, e por isso elas são rotuladas como PC3-10600 ou PC3-10666 dependendo do fabricante. A primeira parte da classificação, DDRx-yyyy, é o padrão usado para classificar os chips de memória, enquanto que a segunda parte, PCx-zzzz, é usada para classificar os módulos de memórias. Vale destacar que os módulos de memória - a pequena placa de circuito impresso onde os chips de memória estão soldados – utilizam muitas vezes a nomenclatura PCx-zzzz.

         As memórias estão disponíveis em velocidades padrão, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Velocidade padrão das Memórias DDR

Memória DDR3 

Equivalente PC3 1066 8500 1333 10600 1600 12800 1866 14900 2000 16000 2133 17000

Fonte: (TORRES, 2015) Outro exemplo, memórias DDR4-2133 têm uma taxa de transferência máxima teórica de 17.064 MB/s, e os módulos de memória usando este tipo de chip são vendidos como PC4-17000. Importante notar que a velocidade máxima em que a memória será acessada está limitado pelo máximo suportado pelo processador. Um processador, por exemplo, com suporte a memória DDR3 de até 1.333MHz, instalar memória com DDR3 de 1.600MHz será um desperdício de dinheiro (TORRES, 2015). Entretanto, algumas placas-mãe permitem que a memória seja configurada para trabalhar com a velocidades superiores a oficialmente suportada pelo processador. Neste caso, vale destacar que nem sempre a memória é configurada automaticamente para trabalhar em velocidade máxima, tendo que ser alterada manualmente na placa- mãe.

Latência (Temporização)

Outra característica técnica dos módulos de memória é chamada latência (ou temporização) que em muitos fabricantes é identificado pelas letras “CL” (CL9, CL10 ou CL11 nas DDR3 e CL14 ou Cl15 nas DDR4). Trata-se do tempo em que a memória demorar para entregar os dados que foram solicitados. As memórias DDR, DDR2, DDR3 e DDR4 são classificadas de acordo com a velocidade máxima que conseguem trabalhar, bem como suas temporizações. Temporizações são números que expressam os pulsos de clock e podem ser representados da seguinte forma: 3-4-4-8, 5-5-5-15, 7-7-7-21 ou 9-9-9-24. Quanto menor forem esses números, melhor (TORRES, 2016). No que diz respeito à frequência, a DDR3 trabalha com uma taxa de 800 a2400MHz, enquanto que a DDR4 trabalha com valores de 2.133 até 4.266 MHz. Por isso, a taxa de latência aumenta conforme a aumenta a frequência de operação. Uma analogia pode ser feita com três carros: o primeiro vai de 0 a 100km/h em 9s, o segundo leva 8s e terceiro chega aos 100km/h em 7s. Qual deles é o mais rápido? O mesmo caso ocorre com as memórias, quanto menor for o CL menor é atraso de leitura. Memórias com latência abaixo das definidas como padrão são geralmente mais caras e o ganho de desempenho é questionável, pois é difícil de ser medida. Esse tipo de memória são voltadas para aqueles que desejam fazer “overclocks” pois elas permitem que a memória consiga atingir clocks mais elevados, mas as configurações devem ser feitas manualmente no painel de controle da placa-mãe. 1.6 Comparativo entre processador e memória máxima suportada Processadores Core i7 (disponível no site https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/support/articles/000005505/processorshtml)


Processador Máximo de memória suportada em MHz Dentre as marcas Corsair, Samsung e Kingston, qual seria a memória ideal para o processador?

DDR4

DDR3L

DDR3 i7-8700K 2666 NA NA Kingston i7-8700 2666 NA NA Kingston i7-7700T 2400 1600 NA Kingston e Corsair i7-7700K 2400 1600 NA Kingston e Corsair i7-7700 2400 NA NA Kingston e Corsair i7-6900K 2400 NA NA Kingston i7-6850K 2400 NA NA Kingston i7-6800K 2133 1600 NA Kingston i7-6700T 2133 1600 NA Kingston e Corsair i7-6700K 2133 1600 NA Kingston e Corsair i7-6700 2133 1600 NA Kingston e Corsair i7-5930K 2133 NA NA Kingston i7-5820K 2133 NA NA Kingston i7-5775R NA 1866 NA Kingston i7-5775C NA 1600 NA Kingston i7-4930K NA NA 1866 Kingston i7-4820K NA NA 1866 Kingston i7-4790T NA 1600 1600 Kingston i7-4790S NA 1600 1600 Kingston i7-4790K NA 1600 1600 Kingston i7-4790 NA 1600 1600 Kingston i7-4785T NA 1600 1600 Kingston i7-4771 NA 1600 1600 Kingston i7-4770T NA 1600 1600 Kingston i7-4770S NA 1600 1600 Kingston i7-4770R NA 1600 1600 Kingston i7-4770K NA 1600 1600 Kingston i7-4770 NA 1600 1600 Kingston i7-4765T NA 1600 1600 Kingston i7-4771 NA 1600 1600 Kingston i7-4770T NA 1600 1600 Kingston i7-4770S NA 1600 1600 Kingston i7-4770R NA 1600 1600 Kingston i7-4770K NA 1600 1600 Kingston i7-4770 NA 1600 1600 Kingston i7-4765T NA 1600 1600 Kingston


Futuro das memórias

A tecnologia Optane da Intel foi a nova tecnologia criada para substituir os SSDs atuais e até mesmo as memórias RAM do tipo DDR. O destaque do Optane é uma tecnologia chamada 3D Xpoint. Desenvolvida pela Intel em uma parceria com a Micron, utiliza células de memória tridimensionais. Trata-se de uma tecnologia totalmente nova, não “herdando” características dos SSDs atuais. Exatamente por isso sua compatibilidade é bastante limitada, funcionando apenas com a sétima geração de processadores Intel (Kaby Lake). Nada de Skylake, Broadwell ou qualquer modelo da AMD. Mas há uma vantagem: graças à sua versatilidade, pode substituir as memórias DIMM, oferecendo mais capacidade sem impactar tanto no custo final. A memória Optane é a tentativa da Intel de oferecer aos consumidores um gosto acessível da velocidade incrível da 3D Xpoint. Ela funciona como um sistema de cache para o seu drive de armazenamento principal, guardando dados necessários, assim como a RAM pode fazer, mantendo esses dados entre os reinícios. Um Intel Optane, atualmente, pode ser encontrado com 16 e 32 GB e se destina a fazer com que computadores que usam discos rígidos, tenha desempenho similar ao de uma máquina com SSDs. Também pesquisadores do MIT e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram um novo tipo de chip que, ao agregar CPU e RAM empilhadas num único conjunto, pode representar um novo tipo de arquitetura capaz de sanar problemas de limitação de velocidade associados com a troca de dados entre processadores e memórias.

Considerações finais

É importante ter conhecimento do modelo de RAM que a placa-mãe utiliza, pois somente é possível comprar um pente de memória que siga a mesma especificação. Caso contrário, é muito provável que o pente novo nem encaixe na placa-mãe ou não funcione. Por exemplo, uma memória DDR3 não funcionará numa máquina que só suporta DDR2. Além disso, não é recomendado misturar memórias de marcas e frequências diferentes, podendo provocar irregularidades no funcionamento e diminuição do desempenho do computador.

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